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Como adotar o minimalismo digital e se livrar dos vícios tecnológicos

Por | Publicado em | 8 min. de leitura
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minimalismo digital

Alguns meses atrás, levei um susto que me alertou a fazer um detox digital. Com meus colegas de trabalho me sugerindo tirar férias, além da minha decisão de fazer cirurgia nos olhos, não tinha mais como deixar de rever minha relação com a tecnologia.

Até pouco tempo atrás, era assustador como meus dias começavam exatamente iguais. Eu me virava na cama durante o nascer do sol (o horário favorito do meu cachorro para tomar café da manhã) e já checava o celular imediatamente — começando o dia que incluía pelo menos 14 horas entre smartphones, tablets e notebooks… (sim, no plural).

Sou apenas uma das bilhões de pessoas que enfrentam problemas como esse no meio digital. Até agora, em 2018, a média de tempo gasto em frente às telas no mundo todo é de 7,7 horas por dia.

Outro dado é que, o uso da internet, cresceu mais de 209% nos últimos oito anos.

Com a minha equipe me forçando a tirar uma semana de férias e a minha nova vista pedindo um descanso das telas, fiz algumas mudanças drásticas para me desconectar. O que descobri nessa jornada, porém, é que o minimalismo digital envolve tanto ser produtivo na frente das telas, quanto cortar mensagens de texto durante a noite.

Alguns alertas provocados pela web

Já interagimos com nossos dispositivos há tempo suficiente para saber, até cientificamente, que passar muito tempo na frente das telas traz riscos à saúde:

  • Basear nossas medidas de sucesso e bem-estar nas mídias sociais afeta negativamente nossa felicidade, bem-estar e autoestima.
  • Em termos físicos, o exagero do tempo gasto com dispositivos pode causar danos aos olhos, ao pescoço, insônia e “náusea digital” — o pior é que não é brincadeira.
  • O crescente uso de chats e mensagens de texto para nos comunicarmos está reduzindo nossa habilidade de interpretar emoções (pesquisa em inglês) e de interagir com empatia com outras pessoas.
  • As notificações constantes nos condicionam a reagir a nossos celulares de maneira compulsiva, causando ansiedade constante, o que resulta em mais distúrbios físicos e emocionais. Esqueça o FOMO (“fear of missing out” ou, em português, “medo de estar perdendo algo”), agora é FOBO — Fear of Burning Out, isto é, o “medo de se esgotar”. O estilo de vida minimalista propõe que o FOBO seja o real motivador para reduzirmos o tempo desnecessário em frente às telas.

Esta é a nossa realidade virtual: interagir com as telas não é mais uma novidade, não importa qual seja o último lançamento do ano. Todos vamos continuar assistindo a alguma versão de retângulos iluminados, tendo experiências de visualização em óculos VR (realidade virtual), vendo imagens holográficas em AR (realidade aumentada) e afins pelo resto de nossas vidas. Devemos lidar com a tecnologia como uma maratona, não como uma corrida de 100 metros.

Então, por que só agora as pessoas (inclusive eu) percebem que, assim como em outras coisas na vida, a moderação no meio digital é algo essencial?

A verdadeira definição de minimalismo digital

Ter proatividade para determinar como e quando você interage com seus dispositivos começa com o entendimento do que é o estilo de vida minimalista. De forma geral, Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, também conhecidos como The Minimalists (“Os Minimalistas” em português), explicam assim:

“O minimalismo é um estilo de vida que ajuda as pessoas a questionarem quais coisas agregam valor a sua vida. Ao retirar os entulho de nossas vidas, podemos abrir espaço para o que realmente importa: saúde, relacionamentos, propósito, crescimento e contribuição”.

O conceito do estilo de vida minimalista não é novidade, como observa o professor de ciência da computação Cal Newport. A novidade nessa nova onda é que os defensores do minimalismo estão usando ferramentas como blogs, mídias sociais e podcasts, para educar e apoiar as pessoas na busca pela prática minimalista — as mesmas ferramentas que geram confusão, desequilíbrios e excessos na vida das pessoas.

O Cal também tem uma definição para o termo minimalismo digital:

“O minimalismo digital é uma filosofia que nos ajuda a questionar quais ferramentas de comunicação digital (e comportamentos gerados por essas ferramentas) agregam maior valor à nossa vida”.

O minimalismo digital não é só organizar o desktop ou padronizar suas senhas. Como observa Newport, é importante eliminar “ruídos digitais de baixo valor” e otimizar como você usa as “ferramentas que realmente importam”.

Ao tratar o tempo gasto em frente às telas com essas definições em mente, é possível:

  1. Diminuir o tempo gasto em meios digitais que não são produtivos ou que provocam ansiedade e
  2. Liberar tempo para interagir com a tecnologia que traz sentido e valor à sua vida.

É isto mesmo: você não precisa sentir FOMO para abraçar o minimalismo digital. Você pode agora mesmo passar um tempo organizando sua bagunça e liberar mais tempo para se concentrar nas atividades, redes e os apps mais importantes para você.

Em suma, adotar o minimalismo digital nos dá mais tempo para nos engajarmos com as coisas mais essenciais.

Reduzindo o entulho mental

A meta por trás das seguintes estratégias de “redução” é estabelecer limites para o tempo “online” e “offline” com consistência para que seu acesso à tecnologia atinja um nível normal, tanto para você quanto para aqueles com quem você interage nos meios digitais.

  • Manhãs sem tecnologia: Essa é uma estratégia que implementei para começar todos os dias com uma abordagem equilibrada com relação ao tempo que passo na frente das telas. Até eu me sentar na frente do computador no trabalho, evito olhar meu celular, pegar meu tablet ou ligar a TV. Em vez disso, saio para caminhar com meu cachorro, faço café da manhã (comendo sem nenhuma distração digital) e me arrumo para sair. Essa estratégia elimina da minha agenda pelo menos uma hora de tempo jogado fora em frente às telas e torna muito mais proveitoso o meu tempo com meus dispositivos no fim do dia.
  • Agrupe tarefas digitais: Dividir sua atenção entre abas no navegador ou aplicativos é um fenômeno chamado de troca de contexto, que é mais uma forma de perda de tempo. Marque tempo na sua agenda para realizar suas tarefas digitais, do começo ao fim e de uma vez só. O e-mail é um ótimo lugar para começar: reserve meia hora no começo e no fim do seu dia para verificar e responder a e-mails. Ao eliminar todas as interrupções de 5 minutos para checar os e-mails ao longo do dia, você consegue se concentrar melhor em cada tarefa à sua frente.
  • Assuma o controle das notificações: Mergulhar nas profundezas das configurações do seu dispositivo para tornar as notificações e as atualizações mais manuais pode fazer uma grande diferença em quantas vezes você usa o celular. Por exemplo, configure seu app de e-mail no celular para que ele só atualize quando você o fizer manualmente. Eu conto com as notificações centralizadas nos apps que mais uso, como a Página Inicial do Trello, que me ajuda a capturar as atualizações importantes de forma eficiente. Você também pode usar suas atualizações de status nas mídias sociais, aplicativos de chat ou até o e-mail para dizer às pessoas quando você vai verificar suas novas mensagens de novo.

Não existem limites de dicas e truques para combater as distrações compulsivas dos dispositivos. Algumas pessoas aconselham a colocar o telefone em modo avião quando não quiser ser distraído. Outra forma é colocar um limite quando você nota que passou muitos minutos “checando mais uma coisinha” no celular ou no computador antes de se desconectar.

Como diz Cal Newport, talvez você precise de grandes motivos para se convencer de que deixar de lado algo tão universal como as mídias sociais é, de fato, possível e proveitoso:

Escolha um hábito ou dois por vez para experimentar na sua rotina por uma semana ou duas antes de avaliar se funcionam ou não. Afinal, não é fácil mudar hábitos!

Reservar tempo para a tecnologia que importa

O outro lado do minimalismo digital é otimizar como usamos nosso tempo em frente às telas para agregar real valor à nossa vida. Aqui estão algumas estratégias para “abraçar” a tecnologia e tratá-la como uma ferramenta que desperta o melhor em você, em vez de algo que te puxa para baixo.

  • Escolha as suas notícias: É muito fácil se perder no enorme volume de notícias e artigos publicados todos os dias. Consuma informação com cuidado, tomando tempo para fazer uma boa curadoria: filtre as newsletters de e-mail, crie listas no Twitter ou personalize seu app de notícias. Claro, você é quem escolhe os assuntos relevantes sobre os quais se atualizar. O mais importante é que ele seja útil em suas metas ou te inspire a aprender algo novo e interessante para você compartilhar na próxima festa.
  • Seja humano, quando possível: A comunicação via texto está em todo lugar, mas por que não fazer uma videoconferência na sua próxima reunião ou conversa informal? Pesquisas mostram que um pedido feito pessoalmente é 34 vezes mais efetivo que um feito por e-mail. Apesar disso, a videoconferência não serve só para o trabalho. Mantenha contato com amigos de longa distância ou experimente uma aula de yoga ou um clube de leitura online!
  • Não fique só consumindo… crie: Aprenda a arte por trás dos meios que — copiando uma frase da especialista em organização Marie Kondo — dão alegria para você. Em outras palavras, um aspecto da abordagem de Cal Newport sobre o minimalismo digital é que “atividade é melhor do que a passividade”. Se você gosta de explorar novos tipos de tecnologia, aprenda a programar. Se você gosta de ler longos artigos jornalísticos com uma pitada de humor sagaz, experimente criar um blog. Se você gosta de discutir ideias com seus amigos, grave essas conversas e chame isso de podcast. Você vai criar uma relação diferente com seus dispositivos quando o propósito principal deles for ajudá-lo a ser mais criativo e a desenvolver novas habilidades.

Todas as estratégias de minimalismo digital cumprem o seguinte propósito: dar a você o controle do tempo que você passa em frente às telas, em vez de deixar que elas atropelem seu dia sem motivo algum. Se você ama o Instagram, priorize-o. Se a sua conversa em grupo deixa você ansioso ou se o acesso ao seu e-mail do trabalho está atrapalhando o seu jantar, deixe-o de lado. Não espere mais nada para assumir o controle do tempo que você gasta com essas coisas, para que você não chegue ao fundo do poço como aconteceu comigo!

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Leia mais: Como otimizar o tempo: 7 conselhos de mestres da produtividade


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